26.1.08
Pobreza
Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, que partindo do evangelho tenta estar perto dos mais necessitados escreve no livro "Santo Egídio Roma e o Mundo" em resposta à pergunta o que aprendeu com os pobres, em que o modificaram:
"Penso, em primeiro lugar, que impediram, talvez sem que eu me desse conta, que se insinue em mim uma barbárie silenciosa, a barbárie de uma vida incapaz de pietas, de paixão por todos aqueles que são diferentes de mim. Os pobres alargaram o meu horizonte e o meu mundo pessoal, que não acabou e não acaba onde, por razões sociais, culturais, teria acabado. É uma dilatação psíquica, afectiva e, num certo sentido, um olho suplementar.
Os pobres ensinaram-me ainda que a pobreza não é quase nunca uma escolha, e que quase nunca é inelutável. (...)
Os pobres ensinaram-me a não acreditar num mundo fingido, sem pobres, e a não procurar erguer muros artificiais entre mim e o sofrimento. O sofrimento e a fraqueza fazem parte da vida. Sofrimento e fraqueza foram ambos amados e combatidos por Jesus. É irreal tentar construir ilhas às quais a pobreza não teria acesso, esperando desse modo manter longe de nós o sofrimento. Os pobres ensinaram-me a não ter medo dos pobres e a não ter medo de viver. (...) Os pobres são o espelho da nossa fragilidade mesmo se, em geral , somos extremamente privilegiados em relação a eles. (...)"
Devíamos todos fazer-nos mais perto dos pobres, até mesmo para nosso próprio bem.
Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, que partindo do evangelho tenta estar perto dos mais necessitados escreve no livro "Santo Egídio Roma e o Mundo" em resposta à pergunta o que aprendeu com os pobres, em que o modificaram:
"Penso, em primeiro lugar, que impediram, talvez sem que eu me desse conta, que se insinue em mim uma barbárie silenciosa, a barbárie de uma vida incapaz de pietas, de paixão por todos aqueles que são diferentes de mim. Os pobres alargaram o meu horizonte e o meu mundo pessoal, que não acabou e não acaba onde, por razões sociais, culturais, teria acabado. É uma dilatação psíquica, afectiva e, num certo sentido, um olho suplementar.
Os pobres ensinaram-me ainda que a pobreza não é quase nunca uma escolha, e que quase nunca é inelutável. (...)
Os pobres ensinaram-me a não acreditar num mundo fingido, sem pobres, e a não procurar erguer muros artificiais entre mim e o sofrimento. O sofrimento e a fraqueza fazem parte da vida. Sofrimento e fraqueza foram ambos amados e combatidos por Jesus. É irreal tentar construir ilhas às quais a pobreza não teria acesso, esperando desse modo manter longe de nós o sofrimento. Os pobres ensinaram-me a não ter medo dos pobres e a não ter medo de viver. (...) Os pobres são o espelho da nossa fragilidade mesmo se, em geral , somos extremamente privilegiados em relação a eles. (...)"
Devíamos todos fazer-nos mais perto dos pobres, até mesmo para nosso próprio bem.
